O briefing inicial era realizar uma academia tradicional japonesa num galpão industrial. Dadas as limitações em se conseguir material original e mão de obra adequada (no Japão, as construções em madeira não recebem pregos; tudo é feito com encaixe), mostramos que a academia poderia ser levemente moderna, incorporando algumas soluções tradicionais. Com poucos recursos para fazer forro ou qualquer material de revestimento nas paredes, sugerimos pintar a parte aérea de preto para “apagar” as telhas industriais e desenhamos módulos de forro suspensos, com acabamento em madeira sobre o tatame. Uma luminária moderna com iluminação rebatida faz com que a luz volte mais amarelada, reforçando o caráter tradicional. Para as paredes, utilizamos contrastes entre o areia e o café, sempre trabalhando dentro da palheta de amadeirados. As janelas industriais altas foram tampadas com um treliçado de madeira e papel de arroz importado, filtrando uma luz quente para o tatame. Este ambiente foi selecionado pela revista Veja São Paulo com um dos melhores locais na cidade para se sentir no Japão.
Neste projeto, fizemos arquitetura, comunicação visual e gerenciamento de obra.